sábado, 26 de outubro de 2019

Clube NÁUTICO Capibaribe: Centenário, Tradicional, e Campeão Brasileiro!

 Esse primeiro Título Nacional desse Gigante Clube Nordestino de 118 anos ficará marcado em minha vida profissional.
 A conquista do título de Campeão Brasileiro da Série C, segundo em minha carreira, foi total e amplamente programado e acompanhado em cada sessão de treinamento, jogos treino e oficiais através do monitoramento On Line das cargas (volume / intensidade) através do GPS - Joga Pró da Samsung, e exatamente dentro dos parâmetros estipulados pelo nosso fisiologista Bruno em conjunto  com a preparação física e o técnico Gilmar Dall Pozzo, em reuniões pontuais quando da elaboração da programação semanal e controle diário, pré e pós-treino.

 Fomos minuciosos desde a elaboração dos aquecimentos em cada sessão de treinamento, pois os mesmos estavam inclusos no volume total da sessão programada e abrangiam características técnica e táticas, que seriam desenvolvidas a posterior pelo comando técnico. Subdividimos os atletas em 3 grupos distintos (Titulares / Suplentes / Não convocados) e tivemos o cuidado de observar e monitorar as cargas de trabalho para cada um deles, permitindo que todos obtivessem os mesmos índices fisiológicos durante cada sessão de treinamento e assim não tivéssemos discrepâncias em termos de aproveitamento e desenvolvimento em todas as valências físicas trabalhadas, sendo esse um fator preponderante para que o técnico Gilmar não enfrentasse dificuldades maiores quando da necessidade de utilização de qualquer atleta durante os jogos.
 Treinos complementares realizados com os atletas suplentes e não convocados pelos auxiliares técnicos eram realizados bem especificamente e em paralelo ao treino dos titulares, conduzindo os mesmos aos parâmetros fisiológicos e considerações táticas, executados pelos titulares.
 A Avaliação Isocinética é fundamental e foi sempre realizada por todos os atletas que chegaram durante o Brasileirão, gerando muita segurança quanto às condições dos mesmos e proporcionando uma correção segura dos desequilíbrios musculares, quando detectados.
 As indicações para o exame referem-se ao estudo da proporção do equilíbrio muscular agonista/antagonista e na diferença entre os grupos musculares agonistas de um lado, comparado ao seu contralateral.

 O Técnico Gilmar Dall Pozzo sempre elaborou em conjunto à todos nós da comissão técnica uma programação semanal de treinamentos bem equilibrada em termos de cargas de trabalho, respeitando sempre todos os parâmetros em termos de volume, pois a intensidade dos mesmos desde o princípio foi elevada. Assim sendo, conseguimos equacionar muito bem todas as sessões de trabalho técnico/táticas com as físicas, amalgamando-as perfeitamente.
 Um outro fator fundamental para que pudéssemos sustentar uma campanha vitoriosa como essa foi a nossa alimentação diária em nosso Centro de Treinamento, que abrangia um café da manhã, almoço, lanche da tarde (Pré-Treino) e jantar, sendo que, nos períodos onde treinávamos full time, os atletas ficavam concentrados no CT e assim desfrutavam não apenas dessa alimentação variada e saudável, (preparada pelo nosso Chef de cozinha Jair e as nossas queridas cozinheiras), mas também descansavam após o almoço, já que o nosso Centro de Treinamento também possui um setor hoteleiro, onde também nos concentrávamos para os jogos em Recife.

 Quando dos jogos fora de Recife, eu mesmo confeccionava os cardápios e o clube os enviava com três dias de antecedência aos hotéis onde nos hospedaríamos.
 Adotamos um controle ponderal mais criterioso para os jogos (pesando os atletas antes e após cada jogo), e com isso sempre dispúnhamos de dados importantes para que pudéssemos orientar os mesmos, quanto à ingesta de bebidas isotônicas, água e demais repositores, mantendo uma hidratação constante, saudável e correta durante os jogos e treinos.
 Um acompanhamento da composição corporal a cada 60 dias nos nutria consideravelmente de dados como os ganhos de massa magra e perda de massa gorda, interferindo positivamente na prescrição das sessões de treinamento mais individualizada para os atletas que estivessem acima da porcentagem de gordura corporal estipulada por nós como sendo um referencial ideal (10% - 12%), sofrendo alterações quanto à idade e posição dos mesmos.

 Todas as medidas tomadas sempre passavam pela análise da preparação física e fisiologia com o técnico Gilmar Dall Pozzo sempre tomando conhecimento rápido de cada caso e de qual seria a decisão tomada sobre o mesmo.
 Trabalhamos intensamente em conjunto todos os dias entre todos os Departamentos de Futebol (Técnico / Físico / Fisiológico / Médico / Fisioterápico), pois entendo Futebol assim, onde decisões devem ser seguras, conjuntas e, muitas vezes, rápidas.
 Realizamos também um rigoroso controle no trabalho de transição para os atletas que eram liberados pelo Departamento Médico e, mesmo não adotando um protocolo especifico para cada tipo de lesão, adotamos parâmetros de controle e monitoramento muito precisos para cada caso em especial.

 Nesse ponto, nossa experiência profissional foi fundamental, uma vez que também havíamos contratado alguns atletas com um longo período de inatividade mas com elevada capacidade técnica.
 O sistema de disputa do Campeonato Brasileiro da Série C direciona os 4 primeiros classificados de cada grupo (A - B) para 3 sequências de Mata-Mata, já sendo a primeira como o jogo da vida do clube, pois essa define o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro.

 Não passando por esse primeiro desafio, o clube está de férias, mas o inverso o eleva à Série B e proporciona a oportunidade de chegar ao Título, tendo ainda uma Semi-Final pelo caminho.
 Com isso, os atletas necessitavam chegar à esse estágio muito bem condicionados, sendo de uma importância grandiosa o trabalho de transição que englobava também atletas recém contratados e que iriam realizar treinamentos específicos mas com um ínfimo período para desenvolver os mesmos e atender à uma capacitação física adequada.

 Impossível registrar todas as nossas atividades desenvolvidas ao logo desse dificílimo Campeonato Brasileiro da Série C uma vez que a maior parte das mesmas foram diluídas em conversas e vídeos que dissecavam nossos adversários e até nós mesmos. Tais materiais eram produzidos pelo nosso Departamento de Análise e Desempenho, capitaneado pelo fabuloso Anderson (Analista de Desempenho da Seleção Brasileira Sub 17 e 20) e sua equipe.

 Treinamentos, jogos oficias, e jogos-treino para preparação com os atletas suplentes e não convocados, com os seus respectivos controles: Suplementação diária e de jogo - Creatina / BCAA / Whey Protein, Cafeína, Bebidas Isotônicas, Alimentação diária, Controle Ponderal, Preleções, Videos, Atividades em Grupo, Programação de viagens, Concentrações, Tratamentos Médico e Fisioterápicos, Crioterapia, e uma imensidão de outras atividades que permeiam nossa vida profissional.
 Esse mundo de atividades e conceitos, administrado por profissionais das mais variadas áreas técnicas e oriundos de vários estados brasileiros, uniram- se em uníssono espírito para levar esse gigante nordestino ao primeiro título brasileiro de sua centenária história!

PARABÉNS CLUBE NÁUTICO CAPIBARIBE - AGORA VOCÊ TAMBÉM É UM CAMPEÃO BRASILEIRO! 🇦🇹

Walter Grassmann

  
E um pouco dos bastidores do nosso título em vídeo...


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segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Melhores Momentos | Náutico 2 (5) x (3) 2 Paysandu | Série C

 Um pouco de todo o emocionante acesso à Série B do Campeonato Brasileiro!



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Acesso à Série B do Campeonato Brasileiro. - CLUBE NÁUTICO CAPIBARIBE - Gigante nordestino!


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quinta-feira, 15 de agosto de 2019

BASTIDORES - Náutico 2x1 Sampaio Corrêa (Série C)


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quinta-feira, 20 de junho de 2019

Novo Desafio: Clube NÁUTICO Capibaribe



   Walter Grassmann é o novo Preparador Físico do gigante Pernambucano, o Alvirrubro Náutico!
🇦🇹
Bom trabalho e que Deus o abençoe, Professor! 🙏💪⚽️



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quarta-feira, 22 de maio de 2019

NUTRIÇÃO COERENTE

 Durante esses meus 30 anos de carreira profissional, desempenhando a função de Preparador Físico e já tendo trabalhado em 3 países (Líbano, Coréia do Sul e China), tenho observado com muita atenção como tem sido fundamental e imprescindível para o complexo processo de recuperação dos atletas, pós-treinos e jogos, a atuação conjunta da preparação física e nutrição.

 Sempre trabalho em conjunto à nutrição (sempre respeitando as tradições alimentares, independente do país) e quando o clube não dispõe de uma nutricionista, eu mesmo confecciono os cardápios e os acompanho em todas as concentrações.
 Eu pesquiso muito através da leitura e contato com profissionais da área da Nutrição sobre como aperfeiçoar o processo de recuperação dos atletas e esse trabalho é de fundamental importância para que, seguramente, os mesmos possam sempre estar à disposição do técnico, mesmo inclusos em um calendário desumano aqui no Brasil, em relação à carga excessiva de viagens, jogos e pouco tempo de treinamento, gerando desgastes excessivos e cumulativos, com um consequente e exacerbado número de lesões.
 No livro da Dra. Gisela Savioli ('Alimente Bem Suas Emoções' - Edições Loyola - terceira edição), os famigerados Radicais Livres são citados através de uma pergunta: "Mocinhos ou bandidos?"
 Se o nosso corpo produz, é bom. O problema é o excesso ou a falta, pois nossas escolhas alimentares é que fazem toda a diferença e, para os atletas de futebol profissional, muito mais.
 A cada respiração produzimos radicais livres e eles têm um papel muito importante no sistema imunológico.






 Radicais livres são moléculas instáveis e que apresentam um elétron que tende a se associar de maneira rápida a outras moléculas de carga positiva, com as quais pode reagir ou oxidar.
 Em nosso organismo, os radicais livres são produzidos pelas células, durante o processo de queima de oxigênio utilizado para converter os nutrientes dos alimentos absorvidos em energia.
 Os radicais livres podem danificar células sadias do nosso corpo, entretanto, nosso organismo possui enzimas protetoras que reparam 99% dos danos causados pela oxidação, ou seja, nosso organismo consegue controlar o nível desses radicais livres produzidos através do nosso metabolismo.
 O cigarro, álcool e os aditivos químicos, hormônios, etc., presentes nos alimentos e bebidas, são fatores externos que podem contribuir para o aumento da formação dessas moléculas.
 A energia que todas as células produzem, vem das mitocôndrias, usinas de força presentes em quase todas as células, (sendo em umas, mais, e em outras, menos), que transformam a glicose que comemos e o ar que respiramos em energia, sendo elas, por exemplo, que mantém nossa temperatura constante em 36 graus.
 A única exceção são as hemácias, as células vermelhas do sangue, que não possuem mitocôndrias, por uma explicação muito simples: essas células transportam oxigênio para todo o corpo e, muito sábias, não quiseram perder tempo produzindo energia para si; por isso já nasceram com um estoque para 4 meses, que é o tempo de vida das células vermelhas do sangue.

 Quanto mais atividade têm as células de um órgão, mais mitocôndrias possuem. No Fígado, por exemplo, cada célula pode chegar a ter de mil a 2 mil mitocôndrias, chegando a ocupar 1/5 do seu volume.
 Nosso cérebro tem aproximadamente 100 bilhões de neurônios (células cerebrais) que processam simultaneamente um número imenso de informações locais e para o corpo, por isso é o órgão de maior gasto energético de todo o organismo e o primeiro que sofre quando há queda de energia.
 Quando nossas mitocôndrias não funcionam direito fornecendo energia para nossas células, começam os prejuízos na saúde.
 Nas células sadias saudáveis, as mitocôndrias produzem uma quantidade pequena de radicais livres para servir de munição para nosso sistema imune, mas quando temos muito cortisol (hormona corticosteróide da família dos esteróides, produzido pela parte superior da glândula supra-renal, no córtex supra-renal, porção fasciculada ou média, diretamente envolvido na resposta ao estresse), circulando por um excesso de estresse, há um bloqueio na entrada da glicose nas células cerebrais e portanto suas mitocôndrias ficam sem matéria prima para gerar energia.
 Aqui um grande problema tem início: as mitocôndrias que deveriam produzir muita energia a partir da glicose absorvida gerando poucos radicais livres, fazem exatamente o contrário. Sem energia adequada por falta de glicose, começam a produzir uma quantidade maior de radicais livres.
 Outro problema é que a energia produzida pelas mitocôndrias serve para equilibrar a entrada de cálcio nos neurônios, impedindo que as células cerebrais fiquem com acúmulo dele no seu interior, pois nessa situação ele se torna tóxico.


 Excesso de cálcio ataca as mitocôndrias, que em consequência, diminuem ainda mais a produção de energia.
 Esses radicais livres produzidos dentro das mitocôndrias, como estão em excesso, acabam escapando de dentro delas e vão atacar o núcleo dos neurônios, atingindo então o DNA, nosso código genético, que é o livro de receitas de todas as proteínas que nosso corpo tem que produzir.
 A partir daí, nossos neurônios não conseguem produzir todas as substâncias de que o cérebro precisa, dando início a uma degeneração dos circuitos cerebrais.
 Um dos reflexos dessas lesões são as fobias, quando as pessoas passam a ter um medo exagerado de coisas que antes nunca as tinham incomodado, como de entrar num elevador, trovões, etc.
 A partir do momento em que nosso DNA é atacado, em situações de grande estresse, essas informações arquivadas podem ser ativadas, fazendo vir à tona memórias dos medos.
 Mas, graças a Deus, nosso corpo tem uma capacidade de regeneração imensa e conta com seus próprios meios para se recuperar através da produção de proteínas regeneradoras.
 Essas proteínas agem principalmente quando estamos DORMINDO, na fase profunda do SONO e quando temos uma boa NUTRIÇÃO.
 Por isso a importância de uma alimentação rica em antioxidantes, que nos ajudam a combater os excessos de radicais livres.
 Vemos cada vez mais quanto a NUTRIÇÃO e o SONO possuem um papel determinante na vida de todos e principalmente dos atletas.
 Os atletas convivem constantemente com um controle alimentar mais rigoroso, mas que deve ser também flexível em alguns pontos, pois tenho observado e conversado muito com as nutricionistas nos clubes onde trabalho sobre a importância de uma ingesta prazeirosa por parte dos atletas, em todos os períodos reservados para a alimentação, principalmente nas concentrações e Pré- Temporada, onde todos estarão juntos por um período de tempo maior.
 As informações postadas acima sobre os radicais livres são importantes e bem simples de compreensão e, esse meu blog, possui varias postagens que enfocam a alimentação dos atletas, com exemplos de cardápios.
 Mas eu julgo de importância vital que os cardápios sejam bem diversificados e maleáveis, permitindo aos atletas a ingesta de alimentos e bebidas (exceção às alcoólicas), que se aproximem da sua natureza diária (vida familiar, comida caseira) ou seja, que os mesmos não fiquem reféns de cardápios engessados, preparados por profissionais da nutrição que visem apenas economia e repetições.

 Imaginem a disputa de um Campeonato Brasileiro, com 38 rodadas, onde os atletas são submetidos à 5 refeições diárias, contendo raras alterações nos cardápios. Impossível se conviver com uma situação dessa, pois com certeza a quantidade necessária dos alimentos ingeridos vai diminuir em demasia.
 Atualmente no Brasil muitos clubes chegam a realizar 70 partidas ou mais em uma temporada, com um período curto de Pré-Temporada, viagens constantes disputando diferentes competições simultaneamente com alternâncias climáticas e pouco tempo de recuperação entre os jogos, além de períodos de treinamentos específicos diminutos.
 Se a diversificação dos cardápios não for bem dinâmica, à ponto de despertar o desejo pelo sentar a mesa e saborear alimentos que irão suprir e nutrir à cada um, completando os estoques de glicogênio muscular e hepático, além de todas as demais demandas energéticas necessárias e responsáveis pelo perfeito e harmonioso funcionamento do organismo como um todo, problemas seríssimos ocorrerão, como a ingesta inadequada de alimentos fora de hora pelos atletas.
 Isso gera um inadequado quadro alimentar, que irá se traduzir em um enorme prejuízo quanto ao desempenho e recuperação de todos.

 Esse combustível necessário e ingerido pelos atletas, via alimentação, deve ser então saboreado prazerosamente e em alguns momentos certas regalias devem ser permitidas, como o degustar de uma coca cola no almoço na véspera do jogo por exemplo. Tenho sugerido muitas outras regalias, pois, entendo eu, que toda a energia consumida pelos atletas via treinamento ou jogo, deva ser reposta rapidamente, sendo isso realizado muito mais prazerosamente quando os mesmos se alimentam muito bem, mesmo que ingerindo certos alimentos não muito convencionais em relação ao programado normalmente pelas nutricionistas.
 Um outro aspecto observado por mim nas concentrações dos jogos quando do café da manhã, tem sido a nefasta obrigatoriedade de que todos os atletas se façam presentes.
 Eu entendo ser o café da manhã uma importante refeição, pois os atletas se alimentaram às 22 horas no dia anterior na ceia, dormem e gastam em média 60 kcal/hora durante o sono.
 Se o atleta dorme em média 8 horas, ele consumiu durante uma noite 480 kcal e seria importante que o mesmo levantasse pela manhã e tomasse o lanche, até porque o almoço no dia do jogo é servido entre 12 e 13 horas, dependendo do horário da partida.

 Mas aqui entra um aspecto bem simples e que levo muito em consideração. Como já foi mencionado acima, joga-se muito e os períodos reservados para um descanso mais prolongado são diminutos.

 Assim sendo, prefiro que os atletas aproveitem quando das concentrações dos jogos nos hotéis o período da manhã no dia do jogo para dormir até mais tarde e não tendo a obrigatoriedade de sua presença, mas deixando a mesma optativa no período do cafe da manhã.
 Os oriento à levar para o quarto do hotel, quando da ceia das 22 horas, algumas frutas, bolachas, pães, etc., para um consumo rápido caso acordem e queiram prolongar um pouco mais o sono em seguida.
 Muitas vezes, em meio à obrigatoriedade da presença no café da manhã, o atleta desce e, contrariado, apenas come uma pequena bolacha, em seguida retornando rapidamente ao quarto. Com essa atitude, o referido atleta, nem comeu direito e, com certeza, não vai voltar a desfrutar de um sono reparador, desperdiçando o alimento e o sono ao mesmo tempo.


 A ciência alimentar deve andar de mãos dadas à coerência, assim como todos os membros da Comissão Técnica devem realizar em perfeita harmonia um trabalho conjunto, visando um aprimoramento e crescimento Físico / Técnico, facilitando a assimilação Tática.














Walter Grassmann


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sábado, 6 de abril de 2019

Minha passagem pelo GRÊMIO ESPORTIVO BRASIL | Campeonato Gaúcho e Copa do Brasil 2019

 A temporada de 2019 começou no dia 27 dezembro de 2018, quando da apresentação dos atletas após o período regulamentar de férias e início imediato dos exames médicos, orientações nutricionais e avaliações físicas, que se estenderam concomitantemente aos treinos de readaptação orgânica e muscular no gramado realizados até o dia 31 de dezembro.


 Com um grupo de atletas sendo bastante alterado em relação ao grupo que terminou o Campeonato Brasileiro da série B, enfocamos, desde o princípio, sessões de treinamento com uma ênfase maior na força especial, pois exatamente é essa valência física que mais é afetada com a inatividade proveniente do período de férias dos atletas.

 Desenvolvemos esse trabalho na academia do nosso próprio Estádio (Bento Freitas) ou no gramado com pesos livres e elásticos, onde dispúnhamos do  campo de jogo para a execução da sequência do treinamento (Transferência de Força), através de atividades bem intensas em espaços alternados, comandados pelo Técnico e seus respectivos assistentes, onde os atletas realizavam enfrentamentos com muitas acelerações e complementos a gol.

 Em ocasiões bem especiais (foram bem raras), devido ao curto espaço de tempo durante essa Prė- Temporada, levamos os atletas para uma academia mais bem equipada e que pertence ao Educador Físico do Grêmio Esportivo Brasil, Augusto Saleh (responsável pela realização do trabalho de recuperação de atletas em conjunto aos Fisioterapeutas). Nessa academia realizávamos um trabalho de Resistência de Força.
 A resistência especial (Aeróbio / Anaeróbio), tais como corridas intervaladas, trabalho com bola em campo reduzido, corridas com variações de intensidade, etc, foi desenvolvida já com um extremo teor de especificidade quando separada do trabalho técnico com bola, fato raro em nossa elaboração e execução nesse referido processo de Pré-Temporada deveras diminuto.

 Primamos em trabalhar os atletas em grupos divididos por suas posições em campo (Zagueiros / Atacantes e Alas / Volantes / Meias), procurando, com essa medida, individualizar ao máximo as cargas de treinamento, uma vez que teríamos menos de 4 semanas para prepararmos à todos, já que o Campeonato Gaúcho para nós iria começar no dia 19 de janeiro.
 Adicionamos à cada sessão de treinamento Técnico com bola e Tático, em sua parte inicial, um período médio de 25 minutos para aprimorarmos treinos Funcionais e Preventivos, com a utilização do Core, Propriocepção, Liberação Miofascial, etc, bem dinâmicos e motivantes, apenas alternando a execução dos mesmos.

Os trabalhos de aquecimento realizados sempre antes de todas as atividades, foram sempre bem diversificados, compreendendo Coordenação, Agilidade, mudanças de direções e raciocínio rápido, quando de situações em que os atletas se deparavam com regras variadas durante o desenvolver de tal atividade e envolviam em sua parte final, principalmente nas 2 primeiras semanas, situações de enfrentamentos com bola 1x1, 2x1, com outras variações, já promovendo uma sistemática de trabalho à ser trabalhada pelo Treinador.

 Seriam exatos 23 dias disponíveis para a realização de todos os trabalhos, avaliações gerais, Trabalhos Físico, Técnico e Táticos, Jogos Treino, somados aos períodos de descanso necessários e passagem de ano, mas que, na prática, foram reduzidos à apenas 18 dias.
 Com certeza, esse ínfimo período preparatório após 30 dias de férias (para atletas que disputaram os Brasileiros Séries A /B), pois para as demais Séries, o período de inatividade seria até maior, não atenderia seguramente as necessidades de um grupo de atletas que disputariam um Campeonato Estadual como o Gaúcho e Copa do Brasil em elevado nível e, a posterior, um Campeonato Brasileiro Série B.

 Nesse ponto, foi fundamental o somatório de toda experiência profissional de cada membro da Comissão Técnica e o aproveitamento de cada sessão de treinamento pelos atletas.
 À partir do início do Campeonato Gaúcho no dia 19 de janeiro até o dia 04 de fevereiro (quinta rodada), realizamos 2 jogos por semana (22/01 [fora] - Sta. Cruz do Sul {283 km} / 26/01 [casa] / 31/01- [fora] - Caxias do Sul {379 km} / 04/02 - [fora] - Porto Alegre {260 km}) sendo os três fora de Pelotas com longas distâncias.

 Entre a quinta e sexta rodada do Campeonato Gaúcho, tivemos 6 dias (04/04 à 10/02) para recuperação e treinamentos, mas logo em seguida, no dia 12/02, já viajamos 7 horas de ônibus (569km) até a cidade de Tubarão em Santa Catarina para a estréia na Copa do Brasil no dia 14/02.
 O jogo teve início às 19 horas e, após o mesmo, retornamos ao hotel para o jantar, empreendendo o retorno à Pelotas quase meia-noite, chegando à Pelotas na Sexta feira às 6 horas da manhã.

Às 17 horas dessa mesma sexta feira, realizamos um trabalho de recuperação para atletas que atuaram mais do que 50% do jogo e trabalho Técnico para os demais (suplentes e não relacionados).

 Vale ressaltar que, sempre quando jogávamos 2 vezes na semana, eu realizava logo após o jogo um trabalho de resistência de velocidade intermitente e acíclico com os atletas Suplentes, mais os que atuaram menos de 50% do jogo. No sábado pela manhã foi realizado um treino Tático e logo após iniciamos o período de Concentração.
 No dia seguinte, 17/02 às 17 horas, enfrentamos o Grêmio FBPA.
 Depois dessa maratona, começamos a jogar uma vez por semana (17/02 [casa] / 26/02 [fora] - Porto Alegre {260 km} / 07/03 [fora] {708 km} [Copa do Brasil em Florianópolis - SC] - 12/03 [casa] / 17/03 [casa] / 20/03 [fora] - Veranópolis {411 km} - Último jogo pelo Campeonato Gaúcho).


 Esse Campeonato Gaúcho foi mais uma etapa da minha vida profissional vencida, onde me deparei mais uma vez com companheiros de comissão técnica excepcionais (sem os quais não conseguiríamos superar tantas dificuldades), além de um grupo espetacular de verdadeiros atletas profissionais.

 Jamais poderia deixar de enaltecer o trabalho altamente profissional e qualificado do nosso Gerente de Futebol, CARLOS KILA, que tinha ao seu lado um diferenciado Supervisor, RAFAEL MAYDANA.
 Outro fator preponderante para um excelente e seguro desempenho do nosso grupo de atletas foi o aspecto Nutricional.
 O Presidente do clube, Ricardo Fonseca, é proprietário de um Restaurante magnífico no centro da cidade de Pelotas (Cidadela), onde todos os atletas e membros da Comissão Técnica se alimentam diariamente (almoço e jantar), com uma qualidade dos alimentos fantástica.
 A cada jogo em casa, o jantar era servido aos atletas em porções individualizadas (definíamos os cardápios com antecedência mínima de 1 semana) logo após o banho e a Crioterapia, já iniciando então ao processo de recuperação do Glicogênio Muscular e Hepático.

 Nossa competente Nutricionista, Stephania Casanova de Moraes, elaborava os cardápios dos jogos fora e o clube os encaminhava com pelo menos dois dias de antecedência aos hotéis.
 Assim que chegávamos ao hotel, eu já realizava uma rápida reunião junto ao Gerente de Bebidas e Alimentos para conferir o cardápio enviado antecipadamente e todas as alterações que, se necessário, se processassem durante a nossa estada no hotel. Eu era avisado com antecedência, até porque eu sempre me fazia presente com 20 minutos antes de cada refeição para acompanhar cada detalhe de nossa alimentação.

 A interação entre todos os membros da comissão técnica e o meu sincero relacionamento com os atletas em todos os clubes pelos quais tenho trabalhado, têm sido fundamental para a saúde Profissional e Emocional da minha carreira como Preparador Físico.

 Esse foi mais um simples relato profissional do trabalho realizado no grande e tradicional GRÊMIO ESPORTIVO BRASIL, clube da cidade de Pelotas no querido Estado do RIO GRANDE DO SUL.
Nesse Blog tenho postado muitos trabalhos que tenho desenvolvido ao longo dos meus 30 anos de carreira profissional e variadas situações pelas quais tenho passado, sempre com o intuito de descortinar, principalmente aos mais jovens preparadores, um pouco desse nosso universo chamado Futebol.






Walter Grassmann


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terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Paris Saint-Germain (FRA) 2 x 2 Corinthians - 22/07/2000 [Amistoso]



Paris Saint Germain 2 x 2 Corinthians no Estádio Parque dos Principes em Paris.
Nosso primeiro jogo em 2000 pelo Corinthians e trabalhando novamente com o querido amigo Luizão, com quem já havia trabalhado em 1995 no Guarani Futebol Clube, na disputa do Campeonato Paulista.

Walter Grassmann


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