sábado, 23 de agosto de 2014

sábado, 9 de agosto de 2014

Simplicidade é o nosso diferencial

   Estamos chegando ao nosso sexto mês de trabalho aqui no Gyeongnam F.C., clube que disputa a K-League Classic aqui na Coréia do Sul, e, dentro desse período, nós tivemos apenas uma lesão muscular grau 1 e outras poucas contusões provenientes de traumas diretos e entorses.


   Levando-se em consideração a disputa da K-League, Korean Cup, Amistosos e Jogos Treino, esse índice é bem baixo, até porque a intensidade dos jogos atualmente tem sido muito alta (aqui na Coréia do Sul os jogos são disputados com uma marcação muito intensa), além das sessões de treinamentos que também exigem dos atletas um ritmo muito elevado e por conseguinte um grande desgaste.

   Nós não dispomos de uma tecnologia avançada para acompanhar e mensurar o desempenho dos nossos atletas nos treinos e jogos, como GPS ou um Lactímetro, mas eu controlo com rigor a duração e intensidade das sessões de treinos físicos, por exemplo, orientando os atletas a executarem suas ações dentro de parâmetros de tempo pré-estabelecidos que por sua vez são realizados quando nas ações dos mesmos nas partidas.

   Um exemplo simples desse controle, realizo quando executamos trabalhos de Resistência de Velocidade com metragens variando entre 20 e 300 metros, sempre em caráter intermitente (com ou sem bola), à uma velocidade entre 20 / 24 km/h com o tempo de recuperação entre cada série de 1:2 / 1:3 e uma metragem total variando entre 1.800 à 2.500 m.
   Quando realizamos treinamentos de Velocidade de Movimento com metragens variando entre 5 e 40 metros (Potência Anaeróbia Aláctica), com bola, simulando uma situação real de jogo, ou sem, controlo o tempo equivalente a velocidades variando entre 20 e 24 km/h e com um volume entre 600 e 1.200m.
   A ausência de melhores recursos técnicos como as fotocélulas, GPSLactímetro e etc, não me impedem de realizar e controlar o meu trabalho diariamente, pois utilizo aqui de toda a minha experiência angariada em  27 anos no futebol profissional muito bem alicerçada na Ciência e sempre acompanhando a evolução dessa minha área de atuação profissional, ou seja, a Preparação Física.

   Um treinamento que temos realizado com grande aproveitamento pelos nossos atletas, pois engloba os três sistemas energéticos (ATP - CP Sistema Anaeróbio Aláctico, Glicólise Sistema Anaeróbio Láctico e Oxidação Sistema Aeróbio), e o temos executado em formas variadas, é  um sequencial de 3 etapas com a realização de 3 á 4 passagens completas com um período de execução em cada etapa de 6' em média, sendo os atletas distribuídos por elas e acompanhados por um membro da comissão técnica que os orienta e cobra ao mesmo tempo uma correta execução.

   Estação 1 Os atletas executam deslocamentos em velocidade máxima em um espaço de 40 x 40 m inteiramente fracionado em 10m, com 1.6" em média para cada 10m durante 10" com alterações de sentido (Direita / Esquerda) com trote lento para recuperação ativa de 20". São realizadas 6 séries para cada passagem completa com um intervalo passivo de 1' entre o terceiro e quarto tiro.
OBSERVAÇÃO: Nesse sequencial de 3 estações, nessa primeira, cada passagem é modificada em seu tempo de execução para envolver os Sistemas Energéticos Anaeróbio Aláctico e Láctico.
   Na segunda passagem os atletas realizam também 6 tiros intercalados de 10" sem bola em ritmo intenso / 20" com bola e intensidade média entre 16 - 18 km/h - 2".2 - 2" a cada 10m / 30" com bola idem e intervalos ativos entre 20" - 40"- 60" e um passivo de 2' entre o terceiro e quarto tiro.
   Na terceira passagem os tempos se alternam entre 20" e 30", seguindo as mesmas especificações para as recuperações ativas e passiva.

   Nessa estação os atletas devem usar a criatividade com muita agilidade e criar situações inerentes a sua posição em campo como dribles, mudanças rápidas de direção, etc.
   Findo os 6', os atletas realizam o rodizio pelos 3 sequenciais e a Estação 2 é composta por um campo reduzido onde os mesmos são subdivididos em 2 times e realizam um trabalho com variações de toques na bola (1 - 2 - 3 - livre), onde se trabalha além do Sistema Aláctico, o Aeróbio (limiar 2 - específico ao jogo)
   Findo mais 6', os atletas realizam o terceiro rodizio, fechando a primeira passagem completa pelo sequencial, e a Estação 3 é composta por um trabalho de Resistência de Força (tração) com 6 repetições (2 frontais, 2 costas e 2 laterais - direita / esquerda) localizadas com duração de 15" cada e intervalos de 30". Quando o tempo ainda permitia, apenas nessa estação abdominais eram também realizados antes na parada para o primeiro grande intervalo de 4 minutos após o final da primeira passagem.

   Essas especificações todas são apenas uma forma de controle para que a inter-dependência Volume / Intensidade seja observada e mantida.
   Em todos os nossos trabalhos físicos e também aqueles casados aos técnicos, eu sempre os controlo e incluo os Funcionais aos mesmos, realizando qualitativamente os nossos treinamentos.
   A minha passagem por grandes clubes Brasileiros me permitiu trabalhar ao lado de grandes Fisiologistas, Médicos, Nutricionistas, Técnicos, Fisioterapeutas, companheiros de Preparação Física e Psicólogos, e também pude realizar muitos controles e acompanhar a evolução física dos atletas ao longo de muitas temporadas.


   Agora que não disponho momentaneamente de tais recursos, tenho colocado em prática todos os conhecimentos angariados ao longo desses últimos 27 anos de carreira profissional e com uma experiência de ter trabalhado em mais de 20 clubes entre países como o Brasil, Libano, China e Coréia do Sul.

   Enquanto a tecnologia não estiver de volta à minha vida profissional, vou realizando o meu trabalho em conjunto a esses grandes profissionais queridos aqui do Gyeongnam F.C., pois ao final dessa atual temporada tudo pode mudar.

   Quando os recursos forem escassos, tenha apenas em mente que a Simplicidade é o alicerce da Sabedoria, e o trabalho diário, a Força para empregá-la corretamente.

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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Bom retorno, Kaká!

   Quando eu trabalhava no São Paulo Futebol Clube, no ano de 2001, esse excepcional atleta profissional e servo do Deus vivo, Ricardo Izecson dos Santos Leite, o Kaká, iniciou a sua vida profissional.
   Foi um começo bem programado visando um gancho de massa magra e, por consequência disso, Força, além de uma evolução também gradativa em todas as demais valências físicas.
   Na época nós realizávamos o 'Soccer Test' com todos os atletas para mensurar a capacidade aeróbia e anaeróbia dos atletas periodicamente. O Kaká atingiu, sem seu primeiro teste, valores espetaculares:
   
   O 'Soccer Test' era iniciado com uma intensidade de 9km/h, como aquecimento, e após isso era então dado o início com corridas fracionadas em 4 Estágios de 60 metros (15m x 4 set) e pausas de 10 segundos.
   A cada 240 metros, um Estágio era concluído, com a Frequência Cardíaca especificada no exato instante compilada. Após o descanso de 10 segundos, outro Estágio era iniciado, mas agora acrescido de 1km/h, sendo esse acréscimo realizado Estágio após Estágio, até o instante em que o atleta não mais mantivesse o ritmo monitorado pelo tempo duas vezes seguidas.
   Um bipe sonoro controlava o tempo de chegada a cada alternância de sentido (15m).
   O 'Soccer Test' realizado no dia 13.03.2001 no Centro de Treinamento da Barra Funda, apresentou o seguinte resultado:
   Kaká                 2.160m -  Estágio 9 - set 4 - 17km/h
   Sidney               2.160m -  Estágio 9 - set 4 - 17km/h (Sidney, atualmente técnico do Náutico - PE)
   Júlio Baptista   2.220m - Estágio 10 - set 1 - 18km/h
   Belletti              2.220m - Estágio 10 - set 1 - 18km/h

Globo Esporte Facebook

Que Deus abençoe o seu retorno, mesmo que por pouco tempo, para o São Paulo F.C., Kaká. Um grande abraço!

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sábado, 15 de fevereiro de 2014

A Arte da Adaptação - 2

Continuação... (para ler a primeira parte dessa postagem, clique aqui!)

   A Força é a capacidade neuromuscular de superar uma resistência externa e interna.

FORÇA MÁXIMA: Nomeada igualmente como força absoluta, depende das características biomecânicas de um movimento, como por exemplo a força de alavanca, o grau de participação dos grupos musculares e a magnitude de contração dos músculos envolvidos.

   Em acréscimo, a Força Máxima é também uma função da intensidade de um impulso, o qual dita o número de unidades motoras envolvidas e sua frequência.

FORÇA RÁPIDA (ou de Velocidade): se manifesta na capacidade de superar uma resistência com alta velocidade de contração muscular.

FORÇA DE RESISTÊNCIA: É a capacidade do organismo de resistir à fadiga durante trabalho de força prolongada.

   O trabalho de Transferência de Força foi o meu carro chefe (tenho aqui em meu blog uma postagem exclusiva sobre esse trabalho - clique aqui para conferir!). Como na China o período de Pré-Temporada é bem longo (90 dias + ou -), pude realizá-lo até duas vezes na mesma semana mas com variações quanto à sua sequência final (saltos e piques) ou mantendo os saltos e utilizando um trabalho de Resistência de Velocidade com um tempo de execução de até 40'', com os atletas sempre divididos em grupos respeitando suas devidas posições e em horários diferentes para que as orientações e controle dos movimentos em cada etapa do treinamento fossem ainda mais precisos.

   Com esses procedimentos adotados, quando o grupo dos Alas estava terminando, o grupo dos Zagueiros, por exemplo, estava chegando para realizar o devido trabalho de aquecimento; por conseguinte, os Alas, terminando o seu treino, eram direcionados para o trabalho de recuperação nas piscinas, e assim por diante.

   Além de todo esse controle, a hidratação dos atletas com o seu número reduzido, também era mais precisa, sendo esse um fator importantíssimo durante a execução de qualquer treinamento.

   Eu também sou um grande adepto dos treinamentos onde se englobe Força Máxima, Rápida e Resistência de Força em um mesmo sequencial de trabalho.

   Eu chamo esse trabalho de Sequencial Casado, onde pode-se usar a criatividade amalgamada à ciência para que os atletas realizem de forma controlada os vários tipos de Força simultaneamente, assim como acontece nas partidas.

   Os atletas são subdivididos em grupos respeitando as suas posições de origem, com cada grupo vestindo coletes de cores variadas.

   Geralmente utilizo 3 sequências diferentes e loco os atletas da seguinte forma em cada um deles:
  1. Trabalho de Força Máxima na academia, utilizando-se apenas alguns aparelhos para os membros inferiores: Panturrilhas - Quadríceps - Isquiotibiais - Adução - Abdução - Meio Agachamento ou Leg Press, com uma carga de 70% da máxima e em 2 séries no mesmo aparelho antes da mudança, com 8 a 10 repetições em um ritmo moderado de execução para o concêntrico e lento para o excêntrico (Observação: para os Adutores e Abdutores eu não realizo o teste de carga máxima, e apenas anoto e controlo o peso inicial utilizado pelos atletas para posterior acréscimo individual.).
  2. Campo reduzido com duração variando entre 6 e 8 minutos, e os atletas sendo orientados para variacões de 1, 2 toques e livre também (RITMO INTENSO COM A BOLA NÃO PARANDO).
  3. Trabalho tracionado localizado com ou sem o uso das bolas para cabeceios, devoluções, dribles, passes, etc (alternar as situações), e com períodos de execução entre 20 segundos ativo por 40 passivo, entre 4 a 6 séries.

   Todos os atletas passam por esses 3 sequenciais de 4 a 6 vezes, sempre com descanso entre cada sequencial de 2 minutos e, entre cada passagem completa, 4 minutos para a correta e necessária hidratação.

   Para os primeiros trabalhos da temporada, eu recomendo apenas 2 passagens iniciais como forma de adaptação, pois as dores musculares tardias (até 48 horas após a sessão de trabalho) se instalam principalmente nos Adutores, Isquiotibiais e Glúteos, sendo também sentidas na região Lombar.

   Eu utilizo também muitas outras variações que descrevo abaixo, mas que preferencialmente as agrupo após uma reunião com a Fisiologia e demais Preparadores para que possamos casar os melhores métodos.
  1. Transferência de Força (Meio Agachamento - Subida no Banco - Afundo)
  2. 300m (60 x 50m - 12 x 25m) ou 200m (4 x 50m - 8 x 25m) com intensidades entre 15 e 22 km/h.
  3. Circuito de campo contínuo (6 a 8 estações)
  4. Trabalho Tracionado Progressivo por 20 metros, em diversas situações como deslocamentos diagonais, arranque com saltos, descocamento contínuo, costas, deslocamentos laterais, etc.
  5. Trabalho Tracionado por 10 segundos, seguido de 4 a 6 saltos rápidos sobre barreiras entre 40 a 60cm e arranque em direções variadas com metragens variando entre 10 a 30 metros (vai e vem - contínuo - diagonais) e até com chute a gol.
  6. Saltos variados sobre as barreiras (4 a 6) entre 40 a 60cm e velocidade em metragens variando entre 15 e 30 metros, com e sem bola, podendo realizar dribles e arremates a gol.

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   Além da Força, outros trabalhos também foram adotados em nossas programações, mas sempre obedecendo uma íntima relação entre Volume e Intensidade (interdependência não muito respeitada pelos técnicos Asiáticos), mas que, com um jeitinho bem Brasileiro, pudemos adequar, alterando consideravelmente as cargas dos treinamentos diários.

   Como exemplo disso, eu posso citar o trabalho de Resistência de Velocidade (C C V V) ou 'Corrida Com Variação de Velocidade', pois aqui, mais do que nunca, o descanso entre as repetições em uma sessão de treino é muito importante e deve ser controlado, uma vez que o trabalho de "pouca" intensidade permite que, após os trabalhos de "alta" intensidade, os músculos mantenham a excitabilidade do Sistema Nervoso Central em nível suficientemente elevado.
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   Aqui está exemplificado a necessidade dos repousos ativos e passivos dentro de uma mesma atividade física.


   Quando eu falo em adaptações entre Asiáticos e Brasileiros quanto à forma de se trabalhar, é para que os ganhos provenientes desses ajustes sejam canalizados diretamente aos atletas, e que assim venhamos à diminuir, e muito, os casos de lesões por excesso de treinamento e, por conseguinte, permitir que os atletas desfrutem de melhorias crescentes e seguras com relação às suas performances nos treinos, o que lhes proporcionará evidentemente maiores participações em cada competição que o nosso clube estiver envolvido.





  Para finalizar, vou postar os resultados da Avaliação Física da Composição Corporal, realizada no ano de 2012, do Atleta e capitão da equipe sul-coreana do Daegu FC, Yoo Kyoung-Youl, nascido em 15 de Agosto de 1978 - 1.82 cm - Zagueiro.

Primeira Avaliação - dia 05 de Março de 2012

  • Peso Corporal - 85.2 kg
  • Massa Gorda - 13.40 kg
  • Massa Magra - 69.47 kg
  • Taxa de Gordura - 15.73%
Walter Grassmann conversando com o Atleta Yoo Kyoung-Youl, Zagueiro do Daegu FC.

Última Avaliação - dia 11 de Setembro de 2012

  • Peso Corporal - 90.0 kg
  • Massa Gorda - 11.67 kg
  • Massa Magra - 78.33 kg
  • Taxa de Gordura - 12.97%
   Esses dados só comprovam a evolução desse atleta, e com isso fica evidente que ele obteve melhores índices em termos de Força, Resistência e Potência de forma muito segura e com menores gastos energéticos, que lhe permitiram excelentes desempenhos na segunda melhor campanha desse querido clube sul-coreano em sua história.

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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A Arte da Adaptação

Time Libanês do Olympic Beirut FC
   Nas duas últimas temporadas, obtive o privilégio de trabalhar em dois países Asiáticos, as maravilhosas Coréia do Sul e China.

   Nas temporadas 2002/03/04 eu já havia angariado uma fabulosa experiência profissional e particular ao trabalhar no futebol Libanês. Para o meu crescimento profissional, essas passagens internacionais me descortinaram novos aspectos dentro da minha área de atuação, ou seja, a Preparação Física.

   Sendo eu um Preparador Físico Brasileiro com passagens por grandes clubes em meu país, pude participar de muitas competições simultâneas, além do que, sendo o Brasil um país com proporções continentais, as viagens são longas e extremamente cansativas, preocupando à todos com os desgastes provocados com as mesmas, somado ao desgaste que normalmente é advindo dos jogos.

Crioterapia realizada após os jogos na Coréia do Sul.
   Sempre adotei, em conjunto aos meus companheiros de Comissão Técnica (Fisiologista, Nutricionista, Fisioterapeutas, Médicos, Massagistas, companheiros de Preparação Física e Técnicos), programas de prevenção à lesões, bem como Atividades Regenerativas diversas pós-treinos e jogos devido a alta sobrecarga na intensidade das partidas, além, é claro, da quantidade exacerbada das mesmas.
   Um dos princípios básicos em que me atenho, é o de nunca levar os atletas a uma exaustão completa ao final de uma sessão de treinamentos, pois agindo assim todos poderão recuperar-se condizentemente para o próximo treino.

   Na Ásia, me deparei com um sistema de trabalho muito diferente do empregado no Brasil, principalmente porque o controle fisiológico não é executado com o rigor que eu estava acostumado em meu país, e o controle dos treinamentos é monitorado apenas pelo tempo compilado pelo cronômetro dos Técnicos e seus respectivos Auxiliares.

   Apesar de insuficiente, esse monitoramento ainda deixa lacunas em aberto quanto aos processos de controle da intensidade pela frequência cardíaca e distância (uso do GPS) ou até pelo Lactato (quando das paradas durante os treinos para tal mensuração).

Controlar sempre será imprescindível!
   Um outro fator importantíssimo que sempre fez parte da minha vida profissional (aqui na Ásia é ainda pouco realizado e acompanhado), é a realização de uma programação prévia dos trabalhos à serem realizados no referido mês, uma vez que apenas me deparei com programas semanais especificando apenas os treinos como Técnicos - Táticos ou Físicos, e não adentrando nos aspectos mais científicos e específicos dos mesmos.
   No início realmente não foi fácil para mim, uma vez que eu vinha de uma escola bem diferenciada à nível de Preparação Física, onde o Preparador Físico é muito mais exigido ao longo de toda uma temporada através da execução das Avaliações Físicas periódicas, dos trabalhos diários específicos, aquecimentos e regenerativos pós-treinos e jogos, além de também acompanhar de perto a alimentação do meus atletas em conjunto à Nutrição.

Almoço na cidade Chinesa de Hangzhou, com o Técnico Li Shobin e seu Auxiliar.
  Tanto na China quanto na Coréia do Sul nesta minha segunda temporada (2013), eu tive o privilégio de trabalhar com dois técnicos sensacionais que me permitiram opinar e participar mais incisivamente nas programações e suas respectivas execuções práticas, e, com isso, incorporar a ciência na prescrição dos treinos físicos, elaboração de trabalhos regenerativos mais diretos pós-treinos e jogos, além de também aplicar alguns testes que nos informavam sobre as reais condições dos nossos atletas.

   Em seu livro 'Periodização (Teoria e Metodologia do Treinamento)', o Dr. Bompa nos diz que "o Planejamento é a arte de empregar a ciência na estruturação de programas de treinamento.".

   Com essa abertura conquistada junto aos Técnicos Li shobin (Chinês) e Back (Sul Coreano), mediante o respeito às suas conceituações sobre os controles diários nos treinos e minhas opiniões mais científicas ministradas sempre que possível (e em doses homeopáticas no princípio), pude começar a elaborar e executar trabalhos de Força e comprovar na prática que, sem a mesma, nenhum trabalho no futebol é realizado com segurança e alto aproveitamento.
Da esquerda para a direita: Ex-Técnico da Seleção Sul Coreana na Copa do Mundo de 1994 nos Estados Unidos, Walter Grassmann e o Técnico do Daegu FC na temporada 2013, Coach Back.
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