sábado, 27 de fevereiro de 2016

Amigos Brasileiros

   Tenho que parabenizar os meus amigos Felipão (Técnico), Murtosa e Ivo Wortmann (Auxiliares Técnico), Darlan (Preparador Físico), Carlos Pracideli (Treinador de Goleiros) e Alex (Auxiliar de Preparação Física), que, com muita competência, conquistaram a Super Copa Chinesa.
   Fomos em várias ocasiões adversários no Brasil e também na temporada de 2015 pela Chinese Super League, mas o respeito e carinho que nutro por eles sempre foram grandes e sinceros.
   O 'Guangzhou Evergrande', comandado por eles, tem conquistado todas as competições em que está envolvido, e isso é fruto direto da competência, dedicação diária, experiência, profissionalismo, humildade, respeito à todos e um amor enorme pela profissão que abraçaram.
   Eles são verdadeiros ícones mundiais em suas áreas de atuação profissional, abrindo muitas portas para outros profissionais brasileiros através dessas grandes conquistas.
   Oro para que Deus continue os abençoando rica e poderosamente e também à todos os atletas profissionais que estão sob o comando de vocês.


Walter Grassmann

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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Recordações do Clube Atlético Paranaense

   No último dia 23 de fevereiro, em uma manhã de terça feira muito agradável, fui um dos privilegiados que puderam assistir ao primeiro treino do Clube Atlético Paranaense em sua fantástica Arena da Baixada. Se já não bastassem o teto retrátil e todas as sofisticadas e seguras acomodações que proporcionam um grandioso conforto à todos os torcedores, agora a Arena conta também com um excepcional gramado sintético. Ele foi utilizado pela primeira vez pelos atletas nesse dia, em uma atividade de preparação para a partida a ser realizada no dia seguinte (24/02/16), contra a equipe do Criciúma Esporte Clube, válida pela segunda rodada da Copa da Primeira Liga.

   Sou um apaixonado pela minha atividade profissional e, durante esses 28 anos de Preparação Física, tenho percorrido um longo caminho pelo Brasil e exterior com passagens por grandes clubes, algumas vezes retornando para o mesmo clube. O Clube Atlético Paranaense é um exemplo desse retorno, pois lá trabalhei nos anos de 1999/2000 e retornei para as temporadas 2006/07/08.

   Com uma Infra-Estrutura maravilhosa e em constante crescimento, esse grande clube brasileiro não só possui uma das mais modernas Arenas do mundo, como também um Centro de Treinamento moderníssimo (Centro de Treinamento Alfredo Gotardo - "CAJU"), nome que homenageia o maior goleiro da história do clube, também conhecido como Caju, a "Majestade do Arco".

   Nesses anos em que trabalhei no Atlético Paranaense, conquistamos em 1999 o Título da Seletiva à Copa Libertadores da América, que disputamos em 2000, e fomos Semi-Finalista da Copa Sul Minas.
Fomos Campeões do Campeonato Paranaense em 2000, Semi-Finalista da Copa Sul-Americana 2006 e Vice-Campeão Paranaense em 2008.
   Outras duas conquistas comemoradas por nós em 2008, foram a superação da invencibilidade de 11 jogos conseguida pelos atletas do Clube Atlético Paranaense de 1949, (vencemos 12 jogos consecutivos no Campeonato Paranaense), façanha essa (1949) que rendeu ao clube o apelido de Furacão, além de completarmos 17 jogos de invencibilidade na Arena da Baixada (21/02/2008), superando as marcas de 1947/48/49 e 2003/04, quando ficaram 16 jogos invictos no seu estádio. A maior sequência de invencibilidade pertence aos anos de 1995/96, quando o time ficou 38 partidas sem perder no Caldeirão.


   Realmente ter tido o privilégio concedido por Deus de trabalhar nesse clube gigantesco e sempre ladeado por competentes profissionais com os quais mantínhamos estreita e profunda relação profissional e amigável diária foi, para mim, uma evolução constante pois, em nossas reuniões para elaborarmos nossas programações mensais, eu as vivia e me envolvia ao máximo já que sempre fui um adepto do trabalho em equipe.


   Nunca me esqueço quando eu e meus companheiros de Preparação Física, Juvenilson de Souza (atual Preparador Físico da Sociedade Esportiva Palmeiras) e Marcio Henriques (continua no Clube
Atlético Paranaense) tínhamos reuniões semanais para checar nossos treinos, pois nessas ocasiões percebíamos como era importante para todos nós e, consequentemente para o clube, esse envolvimento  e o entrelaçamento que sempre tivemos com os Departamentos Médico, Fisioterápico, Fisiológico, Nutricional, Psicológico, Odontológico, Técnico e Diretivo. Nada podia fugir do nosso controle.



   Como tínhamos à disposição inúmeras opções para a realização dos trabalhos de recuperação  abrangendo tanto os treinos quanto jogos, sempre diversificávamos essas atividades para que não entrássemos em uma mesmice com prejuízo emocional. Realizávamos hidroginástica, caminhada em um corredor de água gelada no complexo da piscina, aulas de dança com uma coreografia com movimentos  específicos utilizados pelos atletas nos jogos (ou simplesmente dança, como a Salsa, por exemplo), ensaiados e coordenados por uma professora específica para tal, alongamentos, pilates, trabalho na academia, corridas na grama, futevôlei, massagens, sauna, etc.


 Sempre fui um adepto da criação e escolhíamos antecipadamente uma ou duas atividades acima citadas para serem utilizadas no dia seguinte aos jogos para os atletas que atuaram mais de 50% da partida. Para os demais, um jogo treino ou trabalho técnico era realizado.
   Recordar é um ato de trazer à memória situações vividas e trabalhos realizados para que uma reciclagem se realize periodicamente, a fim de contribuir para um crescimento Técnico, Científico, e Prático.


Walter Grassmann

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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Experiência Profissional

   Minha vida profissional tem me proporcionado conhecer o Brasil quase inteiro e também muitos outros países, criando oportunidades para que eu possa conhecer e trabalhar com Técnicos Sérvios, Croata, Sul-coreanos, Chineses, Holandês, Sudanês e Libanês, além de Atletas da França, Líbano, China, Coreia do Sul, Colômbia, Argentina, Hungria, Sérvia, Croácia, Uzbequistão, Bolívia, Níger, Austrália, Japão, Uruguai, Taiwan, que atuam ou já serviram suas respectivas seleções.





   Eu já trabalhei como Preparador Físico em 26 clubes no Brasil em diferentes estados, além de 1 clube Libanês, 2 Sul-coreanos e 1 Chinês. A cada nova etapa dessa minha carreira profissional, agrego novos conhecimentos e obtenho um cabedal maior de experiências vividas junto aos companheiros de Comissão Técnica. Eu entendo que somente um trabalho em equipe pode transferir para os atletas as condições necessárias para que os mesmos desempenhem suas  múltiplas atividades em campo, realçando todas as suas qualidades técnicas, compreensão e assimilação tática elevadas, como também, somado à esses fatores, uma exposição menor aos riscos de contusões.


   Trabalhar em conjunto a profissionais de vários países tem sido para mim muito enriquecedor, mas adaptações e muitos ajustes se fazem necessários periodicamente devido às muitas as diferenças entre escolas de futebol do Leste Europeu, por exemplo, em relação ao Brasil. Os aquecimentos diários, por exemplo, não são muito específicos e as programações mensais nunca são confeccionadas abrangendo esse período de tempo, mas sim, no máximo, apenas 1 semana. Mesmo assim, os aspectos bem específicos dos treinamentos diários tais como volume, intensidade e o objetivo do treino não são discutidos, gerando então uma necessidade de ajustes diários entre nós. Já os Chineses e Sul-coreanos, quando das reuniões da Comissão Técnica, especificam mais o tipo do treinamento e são mais maleáveis em termos de aceitação quanto as formas de treinamento físico de caráter mais específico ou em conjunto aos trabalhos técnicos.




   Existe uma necessidade importante quanto a contratação de Fisioterapeutas, Fisiologistas (pode até ser por consultoria), onde a presença de tal profissional é fundamental na Pré-Temporada, meio da mesma e na parte final, para que possamos avaliar o que realizamos e já trabalhar na programação da próxima temporada.


   Em minha opinião, os intercâmbios entre o Brasil e os países como China e Coréia do Sul deveriam ser constantes, principalmente entre os Departamentos Médico, Fisioterápico, Preparação Física, Nutricional, Psicológico e Técnico. Com essa medida, todos ganhariam com as trocas de experiências profissionais e também com os aspectos que envolvem adaptações dos atletas nas transferências, uma vez que todos os detalhes seriam discutidos previamente para que, com exceção do fuso horário (esse aspecto só é assimilado quando se está no país), todas as dificuldades pudessem ser minimizadas em seus principais efeitos, proporcionando aos atletas uma adaptação mais efetiva à nova vida desde o princípio.

   Organização no futebol  é fundamental em todas as partes do mundo e, independentemente das nacionalidades envolvidas dentro de uma Comissão Técnica, o trabalho em equipe e totalmente programado deve ser sempre respeitado.

Walter Grassmann

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