domingo, 21 de janeiro de 2018

Tempo de Reação

   O futebol está entre as modalidades esportivas em que o sucesso e o fracasso dependem, em geral, do poder de reação o jogo todo.


   Na velocidade fornecida à bola (no futebol são alcançadas velocidades acima de 100 km/h, o que corresponde a 27.8 m/s ou mais nas finalizações a gol) em que existe alta utilização do corpo, estará em vantagem o atleta que reagir mais rápido e cuja concentração, apesar da fadiga, for menos prejudicada.
   Se um atleta possui tempo de reação 0.02s mais curto que o seu oponente, então, essa diferença de tempo corresponde à distância de 50 cm em um lançamento (considerando-se a velocidade de 90 km/h que é igual a 25 m/s) daí, pode-se observar no dia a dia do futebol, que justamente distancias como esta em centímetros podem  definir resultados positivos ou negativos.

   Atletas também com maior nível de performance caracterizam-se por possuir capacidade de concentração mais constante durante todo o tempo de jogo e, com isso, possuem um tempo de reação mais rápido.
   A velocidade com a qual os atletas agem em todas as atividades em  campo ( velocidade de reação), é influenciada por diferentes fatores, como: O tipo de reação, o sexo, a idade, a constituição, a motivação, os estados emocionais e de tensão psíquica, a intensidade do estímulo, o estado de treinamento, a capacidade de performance corporal, o período do dia, o estado de prontidão e a musculatura envolvida.
   As reações são Simples, Complexa e de Escolha, sendo as simples compreendidas por movimentos que se caracterizam por pequenos movimentos de parte do corpo, como por exemplo, o digitar com os dedos ou artelhos.

   Reações simples são influenciadas predominantemente pela hereditariedade, enquanto reações complexas e de escolha são influenciadas por fatores sociais, como por exemplo, o treinamento.
   Por reação complexa entendem-se a que emprega partes do corpo ou a que realiza movimentos com todo o corpo, por exemplo, as saídas de até 5 m, movimentos curtos de saída a partir de diferentes posições combinadas com as exigências de coordenação em ações de rápida realização.
   Reações complexas, típicas de atletas de futebol, são caracterizadas pela velocidade de absorção dos sinais, pela velocidade da transmissão do estímulo, bem como pelas altas exigências na programação dos grupamentos musculares envolvidos.
   O tempo de reação pode ser melhorado a partir de reações escolhidas do que em reações simples, porque a um estímulo simples pode-se reagir de forma pré-programada, enquanto em reações com escolha a resposta só é programável após o intervalo de reação ter-se iniciado.


   Em reações simples ( por exemplo: saída do sprint) há melhoria de 10% - 18%; já em reações complexas de escolha, como as que são típicas para atletas de futebol, alcançam-se melhorias ao redor de 30- 40%.
   Além disso, há diferenças entre reações acústicas, ópticas e táteis, e para tanto, vou recorrer ao futebol Americano para mostrar como um atleta reage a um estímulo auditivo.

   No futebol a reação óptica tem o papel mais importante, frequentemente, pois essas reações partem do comportamento de um companheiro de equipe ou de um adversário quando, por exemplo, é realizado um passe conjuntamente à aceleração do companheiro de equipe como chamada para uma tabela, um drible do adversário com posterior condução de bola etc.


   Já os sinais acústicos, visam chamar a atenção do companheiro de equipe que está ao lado, em certas ocasiões, tem um caráter de comando ou de auxílio (“vai”-  “chuta”-  “é sua”- “pisa”- “minha”-  “atrás”-  “vira”-   “cuidado”-  “ladrão”-  “gato”) e sempre nestes casos, o alerta ou chamado feito ao companheiro, é realizado com diferentes entonações de voz e não apenas quando do uso de palavras, mas também de gritos.
   Os atletas mais experientes demonstram frequentemente a capacidade de previsão, pelos índices pouco notáveis de alteração da posição e redistribuição do movimento muscular, das próximas ações do adversário e reagem oportunamente a isto.
   Essa capacidade pode ser desenvolvida durante os treinamentos, e os atletas são estimulados a reagir, acompanhando a mímica ou sinais de diferentes formas e cores.
   Nesses casos, ganha importância o conhecimento do adversário e de suas técnicas preferidas.
   Além da concentração ligada à situação de jogo, a capacidade de reação depende, em grande parte, da motivação e do estado de prontidão dos atletas.
   Mas vamos retornar à minha citação sobre um atleta da NFL, não um simples atleta, mas  uma verdadeira lenda viva.
   Estou falando de JERRY RICE, simplesmente o maior WIDE RECEIVER da história.
Ele atua em uma posição em que se utiliza o maior uso de força, para a execução dos arranques finais, rumo às vitórias.
   Este magnífico atleta possui 1549 recepções na carreira, saindo da linha de scrimmage e recebendo a bola.
   Nesta avaliação realizada por diversos cientistas em um estúdio coberto, Jerry Rice seria avaliado, saindo parado, para um poderoso arranque de 10 jardas (APROXIMADAMENTE 10 METROS – 1 JARDA = 0,9144 M).
   Aqui, o intuito principal era comprovar na prática, utilizando-se um atleta de ponta em sua modalidade, que os atletas reagem mais rápido aos estímulos auditivos, em relação ao visuais.
   O tempo de reação humano é em média 0.19s, e o tempo de reação de Jerry após um sinal auditivo sinalizando sua largada para um arranque de 10 jardas foi de 0.16s, ou seja, 15% mais rápido.
   Apenas como comparação entre quadros estatísticos temos:

Tempo de reação motora simples com diferentes estímulos

Contingente                                   Caráter do sinal                              Tempo de reação (s)
Desportistas                                             Som                                                 0,05 - 0,16
                                                                 Luz                                                  0,10 - 0,20
Não-desportistas                                      Som                                             0,15 - 0,25 ou mais
                                                                 Luz                                              0,20 - 0,35 ou mais

   Em uma segunda tentativa, Jerry Rice alcançou o tempo de 0.13s, saindo da linha de 10 jardas, ou seja, ele é 0.06s mais rápido do que nossa habilidade natural para reagir.
   Somente como uma forma de comparações, os cientistas dizem que existem vários tipos de raios e estimam que um raio dure em média 0.15s; interprete então a façanha da reação por sinal auditivo do nosso espetacular atleta Jerry Rice.
   É evidente que ele consegue arrancar muito rápido porque está reagindo a um estímulo auditivo ( o som de uma contagem no lugar de um estímulo visual), porque quando as ondas de som entram no ouvido dele, elas levam 0.008s para chegar ao cérebro.
   O cérebro então, envia a mensagem para o resto do corpo dele e o corpo começa o movimento.
   O processo é diferente com os estímulos visuais, apesar de luz viajar 870 mil vezes mais rápido que o som, pois o cérebro tem que frear para processar a informação antes de mandar a mensagem de ação para o corpo.
   Nós reagimos ao som 15% mais rápido do que reagimos à visão. Isso explica como Jerry Rice consegue sair da linha de 10 jardas como um raio.
   Você tem a curiosidade de saber qual o outro motivo para tamanha reação rápida e precisa?
   É muito simples: porque ele é simplesmente JERRY RICE , e apesar de ser tão veloz, ainda tem que burlar a marcação sobre si, pois um WIDE RECEIVER, tem que se livrar dos defensores adversários.
   Em um futebol imensamente competitivo como o nosso, todas as formas de treinamentos que redundem em ganhos honestos, reais e práticos, devem ser utilizados e para tal, a especificidade desta atividade, deve ser notória.


   Pesquisas demonstram uma significativa melhora sobre o tempo de reação, após cerca de 10 a 12 minutos do início da sobrecarga.
   Isso deve ser levado em consideração quando da realização dos trabalhos de aquecimento antes dos jogos, pois os mesmos devem ser bem dinâmicos, descontraídos e com ações e gestos que envolvam ações técnicas à que serão submetidos.

      Tenho realizado um treinamento (citado abaixo) que retrata muito bem tudo o que aqui foi anunciado, mas tenho inúmeros outros que utilizo com muito sucesso.

      Ele pode ser realizado em apenas 1/2 campo, ou utilizando-se o campo todo, com um número grande de atletas (grupo completo de profissionais).
      Formato duas equipes e estipulo antecipadamente várias regras à serem obedecidas, tais como: 

           A - Quando a equipe de posse de bola, ultrapassar a linha de meio campo, não se pode mais recuar a mesma para o campo defensivo ( feito isso, perde-se a posse de bola imediatamente);
           B - Os arremessos laterais serão feitos com os pés, no campo ofensivo e com as mãos no defensivo ( O erro é punido com a perda de posse de bola);
           C - Somente no espaço que compreende o grande circulo (meio de campo), será possível a passagem da bola de um lado para o outro (defesa / ataque );
           D - Não é permitido o recuo de bola para os goleiros em hipótese alguma ( acontecendo isso, será anotada uma cobrança de penalti para a equipe adversária);


           E - Os gols feitos de cabeça dentro da pequena área valem 2 gols e os feitos dentro da grande área 3 gols;
           F - Para os chutes os valores são invertidos em relação às áreas;
           G - Para os chutes de fora das áreas, os gols tem peso 4;
           H - A equipe que anotar um gol de cabeça dentro da grande área, tem o direito de sair com a bola, recomeçando assim o jogo com seu respectivo goleiro;
      Várias outras regras podem ser colocadas em prática para tornar o treinamento ainda mais competitivo, e o que é melhor, atingindo um dos seus objetivos principais que é a atenção redobrada por parte de todos os atletas, envolvendo o raciocínio rápido, a atenção, a concentração constante e o tempo de reação seja ele óptico, visual ou até pelo tato.
    Mesmo estas que aqui estão podem e devem ser alteradas, pois com o passar do tempo, as regras são assimiladas e então acabam por perder o sentido da novidade, ficando todo o processo de reação comprometido.
   
     Aqui todos irão fazer sinais aos companheiros ou irão gritar e até usar seus movimentos ou gestos corporais para alertá-los sobre as inúmeras regras impostas.

   Algumas dessas regras à mais são:

   1- As duas equipes deverão atuar com as mesmas cores de camisa;
   2- No campo ofensivo somente pode-se dar 2 toques na bola (ultrapassou o limite, perde-se a posse da mesma imediatamente);
   3- No campo defensivo pode-se dar até 3 toques na bola (ultrapassou, perde-se a posse da mesma);
   4- No espaço que compreende o grande circulo (meio campo), os toques são liberados;
   5- No campo ofensivo a bola não pode parar (parou, perde-se a posse da mesma imediatamente);
   6- No campo defensivo, a bola pode parar, mas muito rapidamente (10 segundos);
   7- Determina-se inicialmente que 1 atleta de cada equipe, estará livre para tocar à vontade na bola, tanto no campo defensivo, quanto na ofensivo, mas não poderá marcar gols;

   8- Periodicamente, esses atletas podem ser substituídos, desde que toda sua equipe o saiba e não necessariamente o adversário. Se por acaso aparecerem 2 atletas tocando livremente na bola na mesma equipe, então será marcada uma penalidade máxima para o adversário;
   9- Uma outra alternativa para que essas trocas, sejam mais constantes, é municiar esses 2 atletas com camisas que estarão seguras pelas mãos e bem visíveis por todos. A um comando ou de livre espontânea vontade, a camisa é passada à outro companheiro,
(somente eles estarão livres quanto aos toques na bola, mas se nesta troca a camisa cair no chão, então será anotada uma penalidade máxima para o adversário).
      Pode-se também realizar esse treinamento, utilizando-se 3 equipes, sempre 2 jogando contra apenas 1, sendo que a equipe solitária, terá os toques na bola liberados e pode deixar a bola parar e as outras 2 equipes somente poderão dar 1 toque a mesma e não poderão deixá-la parar.
      São muitas as opções para que o treinamento atinja seus objetivos, então coloque em prática sua criatividade e procure trazer para dentro do treino, situações inusitadas, diferentes mesmo mas que podem ocorrer.


   Todos nós reagimos à estes estímulos, mas se podemos proporcionar aos nossos atletas situações reais de jogo via treinamento que espontâneamente ou não lhes induza à reagir rápido e seguramente, então poderemos desfrutar de mais mecanismos para atingirmos o resultado que tanto buscamos. 

   Sou um profissional que gosta muito da leitura e de pesquisas e para tanto, algumas das informações aqui postadas, foram compiladas das seguintes fontes:

   - LIVRO  -   FUTEBOL   (Treinamento Desportivo de Alto Rendimento)
                      Antonio Carlos Gomes  -  Juvenilson de Souza

   - LIVRO  -   FUTEBOL  TOTAL   (O treinamento Físico no Futebol )
                      Jürgen Weineck


   - Canal    HOME & HEALTH

Walter Grassmann


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sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Pré-temporada: O Desafio Da Preparação Física (Vídeo)





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terça-feira, 16 de janeiro de 2018

PRÉ-TEMPORADA: O Desafio Da Preparação Física


   A cada novo ano o período destinado para a realização da pré temporada, que engloba as avaliações fisiológicas, médicas e o desenvolvimento da  preparação física e técnica, via treinamentos, com o subseqüente período para a realização de jogos treinos e até alguns amistosos, está ficando mais reduzido e, com isso, as conseqüências nocivas de tão escasso tempo de preparação estão também aparecendo não apenas mais precocemente, mas o que é pior, com maior constância e gravidade.
   Haja visto o grande número de lesões vitimando os atletas em treinos e nos jogos, desfalcando suas equipes e trazendo prejuízos financeiros para os clubes já no início da temporada.


   A ocorrência de lesões é até um fato normal no futebol como em qualquer outra modalidade desportiva, uma vez que todos estão sujeitos à elas, haja visto a intensidade de todas as ações realizadas pelos atletas quando das disputas nos jogos e treinamentos. Não possuímos mecanismos para impedir a ocorrência de lesões mas podemos sim minimizá-las, utilizando-nos de todos os trabalhos preventivos e de recuperação após cada partida, além de todos os controles das cargas de treinamento e avaliações médicas e físicas periódicas.
   Mas quando nos deparamos com períodos insignificantes para a realização de toda uma preparação segura visando uma temporada abrangendo mais de 60 jogos, com disputas simultâneas de várias competições, mais de 10 meses de atividades entre jogos, treinos, viagens (o Brasil possui dimensões continentais), concentrações, e ainda temos que computar também a vida particular de cada um fora do clube, com toda a certeza, sempre chegamos as mesmas conclusões de anos passados, ou seja, todos sofrerão muito com lesões novamente.

   Então, qual é a medida mais acertada para que um período de no mínimo 30 dias seja estipulado anualmente, (06 janeiro até 06 de fevereiro, por exemplo), para a execução da pré-temporada?

   Que os nossos dirigentes, consultem seus membros de comissão técnica e ajustem o calendário anual do futebol Brasileiro de acordo com o período básico e altamente necessário de preparação do alicerce físico e técnico para o início seguro da atual temporada e continuidade da mesma.
   Após essa definição técnica interna definindo uma data para a realização desse período fundamental de preparação, tudo seria exposto à CBF para que mais ajustes fossem realizados dependendo das necessidades. 
   No ano de 2008 no Atlético Paranaense por exemplo, tivemos à nossa disposição um longo período de 5 dias para a realização da pré-temporada (no sexto dia já jogamos) visando o início do Campeonato Paranaense com todos os atletas retornando do período obrigatório de férias (30 dias), diretamente para uma internação de 23 DIAS, no espetacular Centro de Excelência do Caju (C.T. do Atlético Paranaense), de onde apenas sairiam para realizar as partidas oficiais e retornando logo em seguida.

   Como já prevíamos isto em 2007 (o Campeonato Brasileiro terminaria dia 06/12), antecipamos algumas das avaliações médicas e odontológicas para os últimos dias desta temporada que ora findava-se e, como sabíamos que o grupo de atletas não passaria por grandes mudanças, os orientamos para não cometerem excessos nas festas de final de ano (os atletas foram sensacionais e apresentaram-se muito bem para o início da pré-temporada 2008).


   Elaboramos, nós preparadores físicos, em conjunto à fisiologia (com meu grande e querido amigo PROF. DR. ANTONIO CARLOS GOMES), uma programação ampla e minuciosamente científica que, a princípio, abrangeria o período de 03/01/08 à 13/01/08 (03 à 07/01/08, apenas avaliações e trabalhos físicos), sendo o segundo período cumprido entre os dias 14/01/08 e 26/01/08, com uma quantidade  de trabalhos técnicos e táticos de grande volume (duração), realizados com o técnico e grande amigo NEY FRANCO, além de seus auxiliares, MOACYR e TICO.
   Este singelo exemplo de um micro período para a realização de uma pré-temporada vivenciada pela minha pessoa em conjunto com outros fantásticos e competentes profissionais é uma realidade brasileira.

   Hoje quando falamos em períodos entre 10 e 14 dias para a realização de uma pré-temporada em um grande clube brasileiro, temos realmente algo para se comemorar, pois os prazos são diminutos, mas as cobranças por resultados imediatos são ferozes.

   Passei por isso também no Guarani F. C. em 2009, clube da bela cidade de Campinas, no qual já trabalhei por 4 vezes. Foram 2 semanas de preparação visando o Campeonato Brasileiro da série B, mas com um enorme agravante: foi realizada uma mudança na ordem de 20 profissionais, com a conseqüente contratação de outros 20 durante este período preparatório.
   Tenho que ressaltar aqui o excelente trabalho que elaboramos e realizamos com meu espetacular amigo e fisiologista do clube, PROF. DR. MIGUEL DE ARRUDA, além é claro da competência do meu amigo e companheiro de preparação física, Prof. JOÃO GUILHERME CHIMINAZZO. 
   Nestes 2 casos em especial, o retrato final foi digno dos grandes campeões, pois no Clube Atlético Paranaense, apesar do vice campeonato Estadual, vencemos os 12 primeiros jogos e superamos a marca histórica do time de 1949 que angariou para o Atlético o apelido de FURACÃO, vencendo na época seus 11 primeiros jogos, ou seja, entramos para a história do clube.

   Já no Guarani F.C. fomos VICE-CAMPEÕES DO CAMPEONATO BRASILEIRO da série B e conquistamos o acesso à série A, permanecendo inclusive durante todo o transcorrer das 38 rodadas do campeonato entre os 4 primeiros classificados (G 4), grupo das equipes com acesso garantido para a temporada 2010 do Campeonato Brasileiro da série A. Em toda a História de Campeonatos Brasileiros somente o Corinthians e o Guarani conseguiram esta proeza.

   A importância de uma pré-temporada bem realizada é fundamental para a segurança dos atletas e um desempenho com muita regularidade por parte de todos, principalmente para o início das primeiras competições da temporada, pois em um prazo de mais ou menos 2 meses (8 jogos mais ou menos), todos os atletas entram no ritmo de competição e os ajustes se fazem com mais tranqüilidade e total segurança, aflorando o melhor nível técnico individual dos atletas e diminuindo lesões.
   As situações vivenciadas por mim acima citadas se passaram há muitos anos atrás, mas a realidade atual não se alterou em nada.  Obtive experiências completamente diferentes nos meus 5 anos trabalhando na Ásia (Coréia do Sul e China - 2012 à 2016) e até bem antes no Futebol Libanês nas temporadas 2002/03/04 quando participei de períodos preparatórios com durações de 2 meses e, especificamente na China, até mais longos.
   As possibilidades de mudanças no Brasil são remotas, mas os exemplos acima comprovam como nós, os preparadores físicos Brasileiros, somos competentes, dinâmicos, criativos e dotados de uma habilidade para adaptar-se às mais variadas situações.

Walter Grassmann


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