

No último dia 23 de fevereiro, em uma manhã de terça feira muito agradável, fui um dos privilegiados que puderam assistir ao primeiro treino do Clube Atlético Paranaense em sua fantástica Arena da Baixada. Se já não bastassem o teto retrátil e todas as sofisticadas e seguras acomodações que proporcionam um grandioso conforto à todos os torcedores, agora a Arena conta também com um excepcional gramado sintético. Ele foi utilizado pela primeira vez pelos atletas nesse dia, em uma atividade de preparação para a partida a ser realizada no dia seguinte (24/02/16), contra a equipe do Criciúma Esporte Clube, válida pela segunda rodada da Copa da Primeira Liga.
Sou um apaixonado pela minha atividade profissional e, durante esses 28 anos de Preparação Física, tenho percorrido um longo caminho pelo Brasil e exterior com passagens por grandes clubes, algumas vezes retornando para o mesmo clube. O Clube Atlético Paranaense é um exemplo desse retorno, pois lá trabalhei nos anos de 1999/2000 e retornei para as temporadas 2006/07/08.

Com uma Infra-Estrutura maravilhosa e em constante crescimento, esse grande clube brasileiro não só possui uma das mais modernas Arenas do mundo, como também um Centro de Treinamento moderníssimo (Centro de Treinamento Alfredo Gotardo - "CAJU"), nome que homenageia o maior goleiro da história do clube, também conhecido como Caju, a "Majestade do Arco".
Nesses anos em que trabalhei no Atlético Paranaense, conquistamos em 1999 o Título da Seletiva à Copa Libertadores da América, que disputamos em 2000, e fomos Semi-Finalista da Copa Sul Minas.
Fomos Campeões do Campeonato Paranaense em 2000, Semi-Finalista da Copa Sul-Americana 2006 e Vice-Campeão Paranaense em 2008.
Outras duas conquistas comemoradas por nós em 2008, foram a superação da invencibilidade de 11 jogos conseguida pelos atletas do Clube Atlético Paranaense de 1949, (vencemos 12 jogos consecutivos no Campeonato Paranaense), façanha essa (1949) que rendeu ao clube o apelido de Furacão, além de completarmos 17 jogos de invencibilidade na Arena da Baixada (21/02/2008), superando as marcas de 1947/48/49 e 2003/04, quando ficaram 16 jogos invictos no seu estádio. A maior sequência de invencibilidade pertence aos anos de 1995/96, quando o time ficou 38 partidas sem perder no Caldeirão.

Realmente ter tido o privilégio concedido por Deus de trabalhar nesse clube gigantesco e sempre ladeado por competentes profissionais com os quais mantínhamos estreita e profunda relação profissional e amigável diária foi, para mim, uma evolução constante pois, em nossas reuniões para elaborarmos nossas programações mensais, eu as vivia e me envolvia ao máximo já que sempre fui um adepto do trabalho em equipe.
Nunca me esqueço quando eu e meus companheiros de Preparação Física, Juvenilson de Souza (atual Preparador Físico da Sociedade Esportiva Palmeiras) e Marcio Henriques (continua no Clube

Atlético Paranaense) tínhamos reuniões semanais para checar nossos treinos, pois nessas ocasiões percebíamos como era importante para todos nós e, consequentemente para o clube, esse envolvimento e o entrelaçamento que sempre tivemos com os Departamentos Médico, Fisioterápico, Fisiológico, Nutricional, Psicológico, Odontológico, Técnico e Diretivo. Nada podia fugir do nosso controle.

Como tínhamos à disposição inúmeras opções para a realização dos trabalhos de recuperação abrangendo tanto os treinos quanto jogos, sempre diversificávamos essas atividades para que não entrássemos em uma mesmice com prejuízo emocional. Realizávamos hidroginástica, caminhada em um corredor de água gelada no complexo da piscina, aulas de dança com uma coreografia com movimentos específicos utilizados pelos atletas nos jogos (ou simplesmente dança, como a Salsa, por exemplo), ensaiados e coordenados por uma professora específica para tal, alongamentos, pilates, trabalho na academia, corridas na grama, futevôlei, massagens, sauna, etc.
Sempre fui um adepto da criação e escolhíamos antecipadamente uma ou duas atividades acima citadas para serem utilizadas no dia seguinte aos jogos para os atletas que atuaram mais de 50% da partida. Para os demais, um jogo treino ou trabalho técnico era realizado.
Recordar é um ato de trazer à memória situações vividas e trabalhos realizados para que uma reciclagem se realize periodicamente, a fim de contribuir para um crescimento Técnico, Científico, e Prático.
Walter Grassmann
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